quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fotografia de curso

Presenças: Rui Natário, Coordenador do curso, delegado de turma, Cmdt. Prov. Benguela, Cmdt. Prov. Kwanza Sul, Cmdt. Prov. Malanje, Cmdt. Prov. Lunda Norte, Cmdt. Prov. Huambo, Cmdt. Prov. Lunda Sul, Cmdt. Prov. Cabinda, Cmdt. Prov. Kwanza Norte, chefes de departamento, técnicos de protecção civil, comandantes de quartéis de Luanda.
Curso: gestão de Centros de Operações
Data: 4 a 23 de Novembro de 2010

O final.

A acção de formação chegou ao fim. Participámos hoje na cerimónia de encerramento dos dois cursos (Gestão de Centros de Operações e Planeamento de emergência) que decorreu em simultâneo com a apresentação da Semana de Prevenção Contra Incêndios. Sala cheia com os formandos e com a comunicação social. Presidiu o Vice-Ministro do Interior para a Protecção Civil e Bombeiros.

No início desta semana efectuei uma sessão prática materializada numa visita ao Posto de Comando/Sala de Operações Nacional.São evidentes as melhorias verificadas desde o ano transacto, com uma aposta nas novas tecnologias e na organização. No final efectuámos um debriefing no parque do quartel (vazio para requalificação).

sábado, 20 de novembro de 2010

Sem electricidade há 24 horas; e consequentemente sem água porque as electrobombas deixaram de funcionar. Sair de casa de manhã sem tomar banho e regressar cheio de sal, após um dia de praia, e continuar sem possibilidade de tomar banho. (hoje é sábado e aqui em Angola também não se trabalha).

O gerador avariou e mesmo depois de varias tentativas para o pormos a funcionar (enrosca filtro, sangra óleo, etc.), nada. E a sugidade aumentou ainda mais.

Isto, sem ar condicionado e com a impossibilidade de abrir janelas por causa dos mosquitos, torna-se uma estufa. O que vale é que a internet ainda funciona. Por enquanto.

Jantar ao ar livre (impossivel utilizar a sala de jantar sem ar condiconado): deliciosa cachupa, 2 cucas e ginguba com açucar.

Situação estranha: já há energia mas com fraca potência: iluminação a meio gás, ar condicionado sopra um bafo quente e nada de água. Frequentemente uma variação brusca de elecricidade. Sem stress...

Ups. Nova falha de energia... :-D

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Rede eléctrica

O nosso hotel em Luanda ligou-se finalmente à rede eléctrica. Subentendemos que os cortes de energia ficariam resolvidos.

Nada disso: as falhas de energia são mais frequentes e o gerador é consequentemente colocado muitas vezes a funcionar. Tudo na mesma ou ainda pior.

O abastecimento de água continua a ser feito com camiões cisterna. Curiosa e ironicamente, alguns deles contendo placas com números ONU e de perigo, identificando matérias perigosas... :-D

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Viagem ao interior de Angola - Malanje 2



E lá continuamos a viagem quase sempre paralelamente à linha férrea que une Luanda a Malanje, já reconstruída após a destruição massiva da guerra civil, mas ainda sem comboios de passageiros. A utilização turística das 3 linhas férreas recentemente
reconstruídas ou numa fase final de reforma (Luanda, Benguela e Moçamedes) seria um projecto a realizar e que traria mais e importantes verbas à economia Angolana.

Parámos cerca das 13 horas, sob um embondeiro, para tomar uma frugal refeição com produtos adquiridos no dia anterior no Shoprite, supermercado pertencente a uma cadeia sul-africana e com dependências por Angola e Moçambique.

A algumas dezenas de quilómetros de Malanje chegámos à pequena vila de Cacuso. Daí enveredámos por uma estrada em direcção a sul e que termina na barragem de Capanda. Poucos quilómetros depois da saída da vila deparámo-nos com uma espectacular visão: ao longe, recortadas no horizonte, as pedras negras deslumbravam.
Já lá iremos. A barragem de Capanda ainda possui uma infra-estrutura de apoio aos seus técnicos e trabalhadores dimensionada para a fase de construção. Destruídas durante a guerra civil mas agora totalmente restauradas, estas instalações permitiram-nos descansar durante uma noite e jantar num refeitório com serviço buffet (situação original e assinalável num país como Angola).

Ainda nesse dia foi possível visitar a zona de Pungo Andongo, o famoso local das pedras negras. Conglomerados gigantes, glabros, de cor acinzentada, negra quando húmidas, sobressaem da vegetação verde intenso.
Um cenário de tão estranho que apetece olhar fixa e interminavelmente para a paisagem absorvendo mais um dos contrastes muito comuns neste país. A recepção na pequena povoação foi calorosa, com a presença do administrador da comuna e do responsável pelo posto policial. De assinalar a presença de uma excursão de pessoal de Kwanza Norte, alguns deles médicos do hospital provincial. Aquando da nossa partida surgiram uns turistas francófonos que acamparam junto à escola da povoação, observados permanentemente por curiosas crianças, como se de um parque de campismo bem infra-estruturado se tratasse.

Outras situações curiosas observadas nesse dia: a maior barragem de Angola, sobre o rio Kwanza e que une as províncias de Malange e de Kwanza Sul, e animais selvagens facilmente detectados em ambiente natural: macacos e crocodilos.

No dia seguinte, segundo dia de jornada, avançámos pelas 6:30 horas directos a Malanje. Sob uma chuva copiosa, mesmo assim em menor quantidade que durante a noite, chegámos à terra de nascimento da Lourdes.
Cidade simpática, de dimensão adequada e, aparentemente, sem os problemas fatais que afectam Luanda. Um aeroporto abre a zona urbana. O hospital, zona central e quartel de bombeiros foram objecto de visitas.
Bombeiros razoavelmente bem equipados e excelente guarnição humana, com militares jovens. E “segue a marinha” para Kalandula.

Cascatas espectaculares. Cerca de 100 metros de altura por 400 metros de comprimento fazem desta maravilha natural uma das maiores quedas de água de África (2ª ou 3ª, segundo o tipo de fonte). No dia da nossa visita contámos com um enorme cardume de turistas vindo das mais variadas partes de Angola.
De frente para a cascata, na margem oposta ao miradouro, vingam as ruínas de uma antiga estalagem que observou certamente dias áureos há dezenas de anos atrás. O acesso a esta pousada foi cortado durante a guerra, quando uma das pontes que transpunha uma linha de água foi destruída.

A viagem terminou sem incidentes, já de noite, à porta do hotel Gelvisol, na zona verde (que de verde tem pouco) em Benfica-Sul, Luanda.

(para provar que estive lá... :-) )

Viagem ao interior de Angola - Malanje 1


Apareceu um fim-de-semana prolongado. Quinta-feira, dia 11 de Novembro, dia da Independência de Angola, e a sexta-feira seguinte com tolerância de ponto. As aulas terminaram na quarta e retomaram somente na segunda.


Programa definido: visita à província de Malanje e a alguns locais de referência. O coordenador não nos deixou deslocar sozinhos com o motorista do Ministério, determinando a participação compulsiva do respectivo comandante provincial. Reservamos dois dias, com partida na sexta e regresso no sábado. Embora com alguma pressão, dois dias seriam suficientes para penetrar cerca de 400 quilómetros no interior do continente africano e efectuar um percurso de aproximadamente 1500 quilómetros.


Partimos cedo matutando no facto desta viagem poder trazer mais riscos do que todas as doenças tropicais e outras mais que singram por toda a África. Basta dizer que neste curto espaço de tempo de permanência em Angola visualizaram-se vários acidentes com consequências assinaláveis e um cadáver no meio da estrada, resultado de um atropelamento.


Seguimos pela estrada em direcção a Catete, terra de nascimento de Agostinho Neto. Logo a seguir fizemos uma pequena paragem no mercado de Cassualala, uma extensa fila de bancas e de mercadores ao longo da estrada principal. Uma explosão de cores, cheiros, frutos, legumes, peixe, carne, torna agradável a visita, apesar do odor intenso e da qualidade duvidosa de alguns produtos. O peixe seco é impressionante e corrobora a desilusão do calulu desse produto.

Pequena paragem no Dondo (já província do Bengo) para visita ao CB, com a presença do respectivo comandante e comandante provincial. Quartel em risco, junto a uma ribeira, com muro de sustentação abatido. Logo a seguir a esta localidade paragem para abastecimento no cruzamento para Malanje e Huambo. Preço do combustível: gasóleo, 31 cêntimos; gasolina, 47 cêntimos, à taxa de conversão da altura (1 euro=128kw)


Continuação da viagem em direcção a N’Dalatando, capital do Kwanza Norte. O famoso Morro do Binda, um desnível de cerca de 350 metros de altitude, foi transposto sem qualquer incidente (o mesmo não aconteceu com as muitas carcaças de automóveis, camiões contentores e mesmo um veiculo escolar, que repousavam definitivamente junto à berma). Visita ao quartel onde se registou a antítese (para Portugal) do bombeiro armado de kalash e a existência de uma cozinha que competiu e venceu aquele mercado podre que há vários anos visitei em Banguecoque.



Apesar de, em tempos passados, ter sido denominada cidade-jardim, actualmente é uma urbe desinteressante, com a sua cor ocre e os seus muitos edifícios arquitectura agradável, abandonados.
(continua...)

sábado, 6 de novembro de 2010

Gerador

Mais uma vez, durante várias horas, faltou a electricidade. Foi particularmente desagradável por já não existir luz solar. Somente os telemóveis e os PC portáteis brilhavam no escuro do quarto. Aos trambolhões, desci à recepção. Informaram-me que havia problema no gerador. Dirigi-me à máquina e verifiquei ser de última geração, acabadinho de montar e somente com 3000 horas de uso. Ficámos sem saber a razão do problema.

Só no dia seguinte fiquei a saber que o hotel recebera mais duas pessoas e provavelmente a sobrecarga terá sido a causa... :-)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Novos episódios

E não é que constatámos que estamos sozinhos no Hotel? Sem mais hóspedes. Só podia, tendo em conta o lugar recôndito onde foi implantado.

Sem água durante mais de 12 horas, verificámos também que o Hotel não está abastecido por rede eléctrica nem rede de água pública. Electricidade proveniente de gerador e água em depósito próprio abastecido por autotanques. Mas apesar de tudo é fenomenal o esforço dos funcionários para nos proporcionarem uma estadia cómoda e real.

E para terminar: entre as 00horas e as 5horas desligam o gerador pelo que água e electricidade, nikles. Ir à casa de banho só com a luz do telemóvel...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Crocodilos aéreos


Um acidente de aviação ocorrido no final de Agosto na República Democrática do Congo, no qual morreram 20 pessoas, foi causado por um crocodilo que era transportado de maneira ilegal e que escapou da bagagem em que tinha sido colocado, criando pânico no interior da aeronave.
O avião, que partiu de Kinshasa (capital) e se dirigia para a cidade de Bandundu, caiu em cima de uma casa desabitada, pouco antes de chegar ao seu destino.
A ausência de problemas mecânicos intrigou os responsáveis que estavam a investigar as causas da queda do avião no dia 25 de Agosto.
Agora, segundo o jornal britânico “Telegraph”, o inquérito da investigação e o testemunho do único sobrevivente do acidente revelaram que o pânico causado pelo crocodilo foi a causa da queda.
O crocodilo tinha sido escondido dentro do avião numa bolsa desportiva por um passageiro que planeava vendê-lo.
Ao escapar, provocou uma correria em direcção à cabine, fazendo os pilotos perderem o controlo da aeronave. O Turbolet Let L-410, de fabrico checo, desestabilizou-se “apesar dos esforços desesperados do piloto”, diz o inquérito.
O crocodilo sobreviveu à queda, mas foi morto logo em seguida com uma machadada na cabeça, ainda segundo o relato.

Operação Fátima Angolana


Protecção Civil enaltece comportamento de peregrinos


O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB) elogiou ontem, em Luanda, o comportamento positivo dos fiéis católicos durante a peregrinação ao Santuário da Muxima, decorrido nos dias 4 e 5, na vila da Muxima, província do Bengo.
Em declarações ontem à Angop, o porta-voz do SPCB, Faustino Sebastião, disse que os peregrinos acataram as orientações de prevenção levadas a cabo no local, por efectivos deste órgão afecto ao Ministério do Interior.
Das ocorrências registadas destaca-se uma iminência de afogamento de um menor de 14 anos, na margem do Rio Kwanza, resgatado com vida por mergulhadores e socorristas para-médicos dos bombeiros.
Durante o evento, o SPCB destacou no local cerca de 100 homens dos comandos provinciais de Luanda e do Bengo.
Tiveram à disposição meios de resgate e salvamento, com destaque para helicópteros da esquadra da Polícia Nacional, ambulâncias, viaturas de extinção de incêndios, bem como botes para os serviços de náufragos.
No local, o SPCB realizou campanhas de sensibilização sobre a utilização de fontes luminosas, formas de evitar afogamentos, de entre outras actividades.

in Jornal de Angola, 7 de Setembro de 2010

Feriado

Hoje foi feriado em Angola: o Dia de Todos os Santos. Não se desiludem aqueles que pensam que nos feriados o trânsito de Luanda desaparece. Nem pensar: o caos de sempre. E para incrementar a confusão, o sistema multibanco (multicaixas) de Luanda empancou completamente. E quando finalmente encontrámos uma caixa a funcionar e guarnecida com notas, depois de cerca 20 mn numa fila, a electricidade de todo o Centro Comercial foi abaixo e mais uma vez tivemos de adiar o levantamento de dinheiro.

Mas o que vale é que, mesmo com estes constante constrangimentos e percalços, os Luandenses continuam um povo simpático e cordial. Nem durante a condução selvática no meio de um trânsito impossível se notam animosidades entre condutores, situação muito pouco comum em Portugal.

domingo, 31 de outubro de 2010

Primeiro pequeno almoço em terras da Palanca Negra.

Localização

E aqui estamos a dizer ao mundo onde estamos:

http://goo.gl/maps/JGkn

Longe da agradável localização do ano anterior, este local denominado Bairro Benfica, Projecto Zona Verde, nº24, de Verde não tem nada. Vários lotes urbanos divididos por muros de tijolo de cimento de baixa altura, aguardam as habitações que tardam a chegar.

O Hotel orienta-se para o interior, defendendo-se da inóspita vizinhança com altos muros coroados com arame farpado e guardas permanentes nos poucos portões.
Ok. Afinal o hotel não é assim tão mau (garantidamente que as seguintes fotografias foram tratadas com o PhotoShop).

http://coyphotographer.net/galeria.php?id=61&sub=63

Claro que a piscina não está a funcionar e a ineficácia do funcionamentos das redes de infraestruturas já se fez notar: segundo algum principio dos vasos comunicantes, quando o ar condiciona funciona não há água na casa de banho e quando corre água na casa de banho o sinal da internet fraqueja!!???? :-)

Regresso a Luanda

Regresso a Angola. Luanda, 5:45horas de dia 31 de Outubro de 2010, após 7:30horas num apinhado voo da TAP. Calor até mais não e ainda é de madrugada.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Paris

Contagem decrescente iniciada. Partida no próximo sábado, dia 13 de Fevereiro.

Desta vez o grupo vai ser grande: 18 pessoas incluindo os miúdos. Uma autentica excursão...