domingo, 21 de dezembro de 2008

Elefantes também viajam

Acabei de ler o novo livro de José Saramago. Agradável e de fácil leitura. Muito longe da dificuldade de consumo das intermináveis descrições do Memorial do Convento.

Foi pena que o relato do percurso efectuado pelo elefante em Portugal não tivesse sido tão pormenorizada como a que José Saramago efectuou para a viagem em território italiano. Na realidade não consegui depreender por onde é que o elefante passou, para além das referencias ao interior de Portugal.

Em meados do século XVI o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia.Com base nesses escassos elementos, e sobretudo com uma poderosa imaginação, José Saramago coloca agora nas mãos dos leitores esta obra excepcional que é A Viagem do Elefante. Neste livro, escrito em condições de saúde muito precárias, não sabemos o que mais admirar – o estilo pessoal do autor; a combinação de personagens reais e inventadas; o olhar sobre a humanidade em que a ironia e o sarcasmo, marcas da lucidez implacável do autor, se combinam com a compaixão com que o autor observa as fraquezas humanas.

Um livro muito agradável que dificilmente conseguiremos interromper.

Ficha de viagem





Países: Portugal, Espanha, Itália, Austria



Transporte utilizados: A pé, Barco.



Data: 1551



Mapa:

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